Tarde da noite, deitada no asfalto frio, Ma delirava a vastas doses de prazer.
Passara o dia imaginando como não vender seu belo corpo por um momento de diversão.
Fugitiva, sempre sem destino rolava como uma serpente entre becos e pocilgas. Naquela noite, sonhava um pesadelo doce e perigoso. Três belos jovens a erguiam sobre ombros avermelhados pelo sol escaldante do deserto.
3:42 - pela madrugada a cidade era sempre tão cruel e seu agudo sempre congestionava a garganta.
Um ladrão se aproxima e vê a frágil figura. Péssima espécime: Vil, sujo e dependente.
Ele saca a faca, ela fecha os olhos. São 3:44 e ninguém escuta o grito.
O doce vitae banhado a entorpecentes escorre pela sarjeta. Para ela restam apenas desertos e ombros avermelhados.