Entrei naquela livraria pela primeira vez numa tarde de domingo não muito ensolarada. Há alguns dias já vinha sofrendo de compulsão por leitura.
Era uma loja comum, sem nenhum atrativo à parte. A loja, eu digo, pois outras coisas ali me chamaram um pouco a atenção.
A ordem, ou melhor, a desordem das publicações.
Livros de literatura estrangeira socados juntos a ensaio, catálogos de arte e tudo mais. De relance, percebi também que haviam exemplares antigos, bem antigos.
Aquilo não poderia estar daquela maneira por si só. Livros não saem andando por entre prateleiras.
...e então a vi. Talvez não tivesse mais de 40 anos, mas conservava um ar jovial. Cabelo curto e corpo extremamente magro.
Além de impressões físicas não bastava refletir durante horas para notar que aquele ambiente havia sido tomado pela personalidade da dona.
Sim, era possível notar a cofusão em seus olhos. Não um sentimento primordial de raiva, mas algo mais sutil, mais belo, mais reflexivo.
Não sabia ao certo quantas daquelas obras a mulher havia lido mas posso assegurar com certeza que várias delas a influenciaram.
Poucos minutos depois estávamos conversando....
quarta-feira, junho 04, 2008
O conto da livraria
Postado por
Salomão Terra
às
1:52 PM
Marcadores: conto, livraria, mulher, personalidade
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2 comentários:
Espero que o conto tenha sequência. E se torne romance. Afinal, se antigamente os folhetins eram o espaço onde primeiro se publicavam os livros, porque a internet não pode exercer o mesmo papel?
Pô, Salô, este post tem mais de um mês... melhor vc acabar com este blog. Blogs são para quem tem tempo. E se vc sequer quis saber se eu havia melhorado... bem, vc n tem tempo nem para mim. Que dirá o pobre blog!
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